Série trechos com cachoeiras Trilha Transcarioca - Trecho: Rio da Prata x Casa Amarela
- Wallace Nunes
- 1 de ago. de 2017
- 4 min de leitura
Começamos hoje uma série de publicações com os trechos de cachoeiras da Trilha Transcarioca. A cada dia iremos postar detalhes dos trechos desse grandioso projeto. Comece hoje mesmo a se planejar!

Para acessar este trecho a partir do asfalto é necessário fazer antes uma trilha de ligação. Do Pau da Fome, uma trilha de duas horas conecta a sede do Parque da Pedra Branca à Casa Amarela, uma antiga casa do Engenho Santa Bárbara. Como o trecho está no alto da serra, a sensação que se tem é de estar em um ambiente selvagem, perfeito para curtir o silêncio e aproveitar o som da mata. Pelo caminho, vegetação variada, diversas nascentes, bromélias raras, samambaias gigantes, um jequitibá de 250 anos e calçamentos históricos em pé de moleque. O destaque do trecho é o Alto do Mangalarga, com vista de 360º para o Maciço da Pedra Branca, de onde se avistam também o Maciço da Tijuca, a Baía de Guanabara e a Pedra do Quilombo, além do litoral da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Grumari e Restinga da Marambaia. Não deixe de percorrer o bate-e-volta ao Pico da Pedra Branca, ponto culminante da Trilha Transcarioca, com 1.024 m. Uma alternativa, é pegar a trilha que conecta o Cabungui à Casa Amarela sem precisar descer para o Rio da Prata. Ou no sentido Leste x Oeste, pegar a trilha que conecta a Casa Amarela ao Cabungui sem precisar descer para o Rio da Prata.
Como chegar
Esse trecho da Trilha Transcarioca pode ser alcançado pelo “Espaço Farol da Prata” no Rio da Prata em Campo Grande ou quem vem do trecho anterior oriundo do Cabungui.
Também pode ser acessado pela sede do Parque estadual da Pedra Branca vindo do Largo da Taquara onde há uma estação do BRT e de onde partem várias vans até a entrada do Parque.
Descrição do Percurso
Sentido Oeste x Leste (Barra de Guaratiba x Morro da Urca) Iniciando pelo “Espaço Farol da Prata” vamos seguir a sinalização por (600 m) até encontrar a Trilha Principal. Deste ponto vamos subindo em direção a cachoeira do Engenho (1.6 km) pegadas amarelas/base preta. O banho é recomendado, mas a água é imprópia para beber. Vamos agora subir mais (280 m) até o Jequitibá centenário e deste ponto mais (1.2 km) até a bifurcação a esquerda para a Casa Amarela ou a direita na direção Rio da Prata x Cabungui x Grota Funda com pegadas pretas/base amarela.
Desta bifurcação andaremos na direção da Casa Amarela por mais (300 m) até encontrar uma casa a esquerda e um mirante a direita onde pode-se avistar grande parte da zona oeste. Agora é apertar o passo e percorrer (1.7 km) entre casas e floresta até um córrego com uma bica d`água onde a parada para hidratação e lanche são recomendados. Continuando a caminhada, vamos em meio a floresta percorrer mais (660 m) até uma bifurcação para direita que leva ao alto do Manga Larga. Este é um trecho curto de bate e volta onde se pode avistar o mar, florestas, Recreio dos Bandeirantes e Grumari. Voltando a trilha Principal terá logo a sua frente as ruinas de um casebre em meio a mata. Seguindo firme na passada por (1.6 km) terá a sua frente a sua esquerda a entrada (bate e volta) para o Pico da Pedra Branca com (2.8 km) de caminhada até o pico. Cuidado ao resolver ir ao pico, pois a caminhada é longa e íngreme e dependendo da época do ano, a luz do dia dentro da floresta desaparece rapidamente.
Seguindo pela Trilha Principal teremos a gora uma descida razoável de (800 m) até a Casa Amarela onde termina o trecho. Deste ponto a única opção de voltar ao asfalto é descer a trilha a esquerda em direção a sede Pau da Fome do P. Estadual da Pedra Branca (3.7 km).
Atrações
Cachoeira do Engenho, Jequitibá Centenário, Alto Manga Larga, Mirantes, floresta nativa, Sede do Parque Estadual da Pedra Branca, Pico da Pedra Branca (o mais alto da cidade).
Não deixe de visitar o Espaço Farol da Prata com área de camping, alojamentos, feira orgânica e alimentação saudável. http://sitiofaroldaprata.blogspot.com.br/
Comércio/Hospedagem
No Rio da Prata temos o “Espaço Farol da Prata” onde estão credenciados pelo “Movimento Trilha Transcarioca” para servir alimentação e hospedagem de qualidade aos caminhantes.
Tel: 21 3117-2251. http://sitiofaroldaprata.blogspot.com.br/
Ao chegar na sede Pau da Fome do P. Estadual da Pedra Branca temos a poucos metros o ótimo quiosque do Sr. João que serve caldo de cana, bolinho de aipim e outros lanches.
Pontos de água
Há vários pontos de água na trilha.
Infográfico

Fatos históricos
Antes da Freguesia Rural de Campo Grande começar a prosperar, sua ocupação foi influenciada pela antiga fazenda dos jesuítas, em Santa Cruz. Inicialmente desenvolveu-se na região o cultivo da cana-de-açúcar e a criação de gado bovino. O trabalho dos jesuítas foi de extrema importância para o desenvolvimento do Rio de Janeiro.
Além das obras de engenharia que realizaram, como a abertura de canais e a construção dediques e pontes para a regularização do Rio Guandu, o escoamento dos produtos da Fazenda Santa Cruz, oriundos do cultivo da cana-de-açúcar e da produção de carne bovina, era feito através da Estrada da Fazenda dos Jesuítas, posteriormente Estrada Real da Fazenda de Santa Cruz, que ia até São Cristóvão e se interligava com outros caminhos e vias fluviais que chegavam até o centro da cidade.
Como a região era uma área nitidamente rural, os aglomerados humanos formados durante quase três séculos ficaram restritos às proximidades das fazendas e engenhos e às pequenas vilas de pescadores, ao longo da costa. Já no final do século XVIII, a Freguesia de Campo Grande começou a prosperar.
No Rio da Prata, Mendanha e próximo a Guaratiba ainda encontram-se estabelecimentos que se dedicam a agricultura e pecuária. Dentre as culturas mais desenvolvidas estão a banana, a laranja, a manga, o abacate, o aipim, o chuchu dentre outros. Na pecuária e avicultura destacam-se criações de aves, caprinos, suínos, bovinos e coelhos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_Grande_(bairro_do_Rio_de_Janeiro)
Fonte: Trilha Transcarioca
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